sábado, 20 de dezembro de 2008

Capítulo III - O Começo de Tudo


Pra começo de conversa é bom ressaltarmos a existência de relacionamentos paralelos que tanto sol quanto lua traziam consigo. Sol tinha um relacionamento duradouro, que já se perdurara por muito tempo, e se encontrava de certa forma satisfeito e de coração tranqüilo, já lua acabara de entrar em um relacionamento complicado, fundado na desconfiança e na radicalidade das emoções, na “superproteção” desnecessária, na vigilância constante, e como era de se esperar esbanjava amor platônico. Até então tudo bem, sol não procurava nenhum outro romance, mas sentia que estava por vir uma coisa que nem ele mesmo sabia o que era, mas sentia que seria avassalador, que realmente iria mexer com seus sentimentos.
Era uma semana muito corrida na vida de sol, ele se encontrava atordoado por estar cercado de tarefas a serem cumpridas em curto prazo, não tinha tempo nem pra respirar e perceber a observância de outro ser que o cobiçava. Este ser, como todos já devem ter percebido claramente, era justamente lua, que se encantava de sua beleza e simplicidade, lua já o observara há algum tempo, mas não tinha tido coragem ainda o bastante para se aproximar, até que então, num ato corajoso, lua faz com que chegue um primeiro elogio a sol, que até então, nem sabia da existência da atração que lua sentia por ele, de maneira educada, retribuiu o elogio, que por incrível que pareça não foi feito pessoalmente. Passaram-se os dias e o contato entre esses dois seres se dava somente através de contatos distantes através de mensagens de texto no celular, chegaram até a conversar por telefone numa troca imensa de elogios e carinhos gratuitos. Mas nem pensem que isso abalou sol de alguma forma, ele estava tão tranqüilo com seu relacionamento que se fazia verdadeiramente apenas amigo de lua, de tal maneira que por muitas vezes por estar tão ocupado com seu trabalho e suas tarefas diárias recusou inúmeras vezes os convites de lua para encontrarem-se.
Eu não poderia dizer a vocês que toda essa situação não havia despertado certa curiosidade em sol, todo aquele cuidado, toda aquela presteza o havia deixado extremamente curioso em saber quais eram as verdadeiras intenções que lua haveria de ter por ele, que se visualizava num mundo totalmente diferente no qual lua estava inseria. Pois é, isso é só o começo das peças que a vida ainda estava à espreita para pregar nessas duas criaturas.Engraçado como são as pessoas, quando menos esperam são pegas de surpresa por sentimentos tão intensos que adormeciam profundamente dentro de si, e sem se dar conta tornam-se verdadeiros escravos, que suplicam a atenção e a presença do ser amado. O autor da vida quando inventou o amor, deveria saber muito bem o quanto a humanidade precisaria transcender para entender e lidar com racionalidade, mediante as diversas situações pelas quais os seres amantes e amados conseqüentemente passariam.

Capítulo II - Sol e Lua: Dois seres, um sentimento.


O sol tinha uma simpatia inconfundível, era popular entre os seus, seu sorriso irradiava alegria para todos aqueles que viviam à sua volta, sempre foi um grande sonhador, mas, tinha um diferencial, sonhava com os pés no chão, acreditava que tudo aquilo que ele sonhava, poderia de alguma forma tornar-se real, de maneira que certa vez, sonhou em ser poeta, mas não queria simplesmente escrever, mas fazer com que os outros, através daquilo que escrevia, pudessem sentir o que ele sentia, de tanto sentimento que ele colocava nas palavras. Ele é do tipo que espera pacientemente a felicidade, mas que não se acomoda, para ele, ser feliz era fazer outros felizes, e capazes de reconhecer o quanto a vida ainda tinha de bom para oferecer aos que semeiam o bem.
Mas nem tudo era essa felicidade na vida desse ser irradiante, por detrás de um exoesqueleto que o fazia aparentar uma fortaleza, aquele que sempre está pronto para qualquer desafio, se escondia outra face, que abrigava insegurança e fragilidade. O sol sempre foi um profundo desbravador do desconhecido, mas faltava-lhe desbravar a si mesmo, sempre foi um impetuoso questionador, mas faltava-lhe questionar a si mesmo, sempre foi um bom porto seguro, mas sentia que já era hora de partir... numa jornada que poderia lhe trazer grandes prazeres ou duras decepções.

A lua era encantadora, trazia em seu perfil as melhores qualidades que alguém desejaria ter, era linda, brilhante, trazia conforto ao coração de qualquer ser que passasse algum tempo a admirá-la, chegava a hipnotizar com seu jeito simples e carinhoso, era espantoso o jeito com que se importava com os que estavam ao seu redor, cuidando de cada um, como se fosse um pedaço se si. Não se dava muito bem com as palavras nem com os estudos, mas sabia dizer sem precisar da gramática o quanto gostava de alguém. Pois é, o fator preocupante na vida desse ser, por incrível que pareça também está relacionado à fragilidade emocional e à instabilidade de pensamentos. Mas o que piorava a situação era o quanto este ser dava valor à opinião pública, ela era fator determinante e decisivo na sua vida, o que dificultava no processo de formação de valores e apoio à repressão da felicidade. Sem contar na frustração que sentia por achar que era inferior às outras pessoas, pela infelicidade no trabalho, na família, e nos relacionamentos afetivos.
Mas mesmo assim, quem não se arriscaria viver um grande e intenso relacionamento com essa criatura? Pois este relacionamento de uma forma ou de outra seria uma escola para os dois. Traria tantos ensinamentos, tantas reflexões, tantos momentos felizes.O que nos resta a fazer agora é ficarmos atentos ao que vai acontecer quando a linha do destino aproximar esses dois seres, e provocar transformações na rotina dos dois.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Capítulo I

A vida vive a nos pregar peças, em que nós devemos ser altamente criativos, e muitas vezes usar de nossa sensibilidade para atravessar situações de turbulência, e acatar os desafios com responsabilidade, fazendo com os mesmos tornem-se fonte de crescimento, individual e coletivo, contagiando aqueles que nos rodeiam pela nossa capacidade de sermos firmes em momentos instáveis. Quem de nós não espera segurança? Seja do nosso amigo(a), do nosso companheiro(a), da nossa família?
A segurança é algo imprescindível quando falamos em relacionamentos afetivos, o simples fato de acolhermos um amigo quando está triste nos faz sentir mais seguros mediante a certeza do apoio que muitas vezes vamos receber quando nós mesmos estivermos assim. Da mesma forma como quando firmamos um compromisso matrimonial mediante a segurança de que estamos escolhendo a pessoa que nos dará suporte a vida inteira, e tudo isso aprendemos na família, que é o primeiro ambiente seguro que precisamos, onde aprendemos que em todas as fases da nossa vida precisaremos ter segurança naquilo que fazemos ou queremos fazer.
Nas próximas linhas conheceremos situações adversas de um relacionamento, que nos dará a certeza de que nada é desperdiçado, nenhum esforço, nenhum desafio, se tudo isso for concentrado apenas no amor de um ser pelo outro.Chamaremos os personagens dessa trama de sol e lua, duas belezas diferentes, duas faces diferentes, dois corpos diferentes, mas que transcorrem a vida perante o mesmo sentimento. O AMOR. E apesar de estarem num mesmo céu, cada um protagoniza em momentos diferentes. Mas insistem em serem autores de sua própria história.

Para entender do que se trata...

Essa é a história de uma paixão tão forte e verdadeira, que nem causaria espanto a este ser apaixonado, ou a qualquer outro ser vivente que possivelmente não estivesse atento ao que nos cerca. Para alguns, esta pode ser apenas mais uma dentre tantas histórias de amor, para outros, semelhanças às suas próprias experiências ou mera literatura fictícia, mas para mim, representa algo bem mais além do que a psicologia possa explorar, são verdadeiros mistérios somente compreendidos por aqueles que realmente não enxergam obstáculos mediante a sensação de um relacionamento puro de intensidade inigualável.